
Frei ClƔudio van Balen
FĆ© e Cidadania

BOLETIM DA MISSA DE DOMINGO DIA 26 DE JANEIRO DE 2014
Boletim da missa, escrito por Frei ClÔudio, considerando que no dia 26 de janeiro de 2014, a missa não foi realizada.
CELEBRAR JESUS ā A BOA NOVA INSERIDA NO COTIDIANO
(1) RITO INICIAL
IrmĆ£s e irmĆ£os, Jesus testemunhou que Deus reina em uma convivĆŖncia de fraternidade. Ć o que vamos celebrar ā em nome do Pai, do Filho e do EspĆrito Santo.AmĆ©m. Integramos fĆ© e vida; / nada de maledicĆŖncia. Onde hĆ” solidariedade e paz, Deus reina. AbenƧoados os que praticam o bem.
(2) ATO DE RECONCILIAĆĆO
Viver em harmonia Ć© próprio dos que prolongam o testemunho de Jesus. Deus reina quando priorizamos o amor. COMPAIXĆO, fui mesquinho. / Construirei boas relaƧƵes. A diversidade exige respeito e acolhida. ExclusĆ£o se faz obstĆ”culo no caminho. Cristo, tenho sido egoĆsta. / Na esperanƧa, serei fraterno(a). Luz que pacifica cria pescadores de pessoas. Gestos de inclusĆ£o renovam o viver. EspĆrito Santo, fui intolerante. / No amor, abraƧarei valores. IrmĆ£os, Deus nos oferece o perdĆ£o; por ele e com ele fazemos novos os caminhos ā em nome do Pai... Quando colaboramos, triunfam amor e libertação. Aumentam os que se aliam para a prĆ”tica do bem.
(3) LITURGIA DA PALAVRA
Leitura da 1ĀŖ carta aos cristĆ£os de Corinto ā1,10-13.17.
IrmĆ£os, eu lhes peƧo, em nome de Jesus, que vivam em paz para que nĆ£o haja divisƵes. PermaneƧam unidos no mesmo EspĆrito e sejam tolerantes no modo de avaliar. Fui informado de que entre vocĆŖs existem desentendimentos. Uns dizem: Ā«Eu sou de Paulo!Ā» E outros: āEu sou de Apolo!Ā» Outros: Ā«Eu sou de Pedro!Ā» Outros ainda: Ā«Eu sou de Cristo!ā SerĆ” que Cristo Ć© fator de divisĆ£o? SerĆ” que Paulo foi crucificado em benefĆcio de vocĆŖs? SerĆ” que vocĆŖs foram batizados em nome de Paulo? De fato, Cristo nĆ£o me enviou para batizar, mas para anunciar o Evangelho a fim de que nĆ£o se torne inĆŗtil a doação de Cristo. PALAVRA DO SENHOR!
Deus que nos chama esteja convosco...
Proclamação da Boa Nova segundo a comunidade de Mateus ā 4,12-20
Ao saber que JoĆ£o tinha sido preso, Jesus voltou para a Galileia. Deixou NazarĆ©, e foi morar em Cafarnaum, que fica Ć s margens do mar da Galileia. Cumpriu-se o que foi dito pelo profeta IsaĆas: āTerra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, Galileia tambĆ©m dos que nĆ£o sĆ£o judeus! O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz; ela brilhou para os que viviam sem esperanƧaā. DaĆ em diante, Jesus comeƧou a pregar, dizendo: Ā«Convertam-se, porque o Reino do CĆ©u estĆ” no meio de vocĆŖs.Ā» Ao andar junto ao mar da Galileia, Jesus viu os dois irmĆ£os: SimĆ£o Pedro e AndrĆ©, lanƧando a rede; eram pescadores. Ele lhes disse: āSegui-me e vos farei pescadores de homensā. Eles, deixando redes, o seguiram. PALAVRAS DE SALVAĆĆO!
HOMILIA - CREIO
Oremos...: Deus-Amor, abenƧoados revistamos de luz e graƧa nosso ser, agir e conviver. Mediadores de vossa ação libertadora. Por Cristo na unidade do EspĆrito Santo. AmĆ©m
VIVĆNCIA CRISTĆ
A salvação nos alegra -
a graƧa nos liberta.
Paz e doação no agir -
felizes em inovação.
Deus no meio de nós -
solidÔrios na união.
Felicidade o objetivo -
sermos Povo de Deus.
Generosos na partilha -
alegres no conviver.
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(4) OFERTĆRIO
Oremos..., AgradĆ”veis a Deus nossos esforƧos de entendimento com dedicação aos necessitados. A generosidade dos que prestam serviƧo; a coragem dos que libertam. Por Cristo, na unidade do EspĆrito Santo. AmĆ©m
(5) LOUVOR
Deus-PresenƧa esteja convosco... CoraƧƵes ao alto... Demos graƧas... O jeito de ser e agir de Jesus ilumina a história, reconcilia povos, integra excluĆdos. Bendigamos! Fraternidade acima de disciplinas. Glória ao Pai que acolhe! Solidariedade fraterna em nossa missĆ£o. Honra ao Filho que valoriza! ReligiĆ£o inspirando cidadania, esperanƧa renovada! Glória ao EspĆrito que renova! A Salvação ao alcance de todos. RelaƧƵes harmoniosas em comunidades! Ć justo e oportuno cantar louvores. SANTO...
(6) ORAĆĆO EUCARĆSTICA (N.2)
Santo sois, ó Deus, fonte de toda bondade. Ao nos santificar, abenƧoando estas oferendas, as envolveis pelo poder do EspĆrito a fim de que celebremos Cristo Jesus entre nós. AgradĆ”vel a Deus, nossa oferenda.
Estando para ser entregue e, solidĆ”rio, dispondo-se Ć paixĆ£o, Jesus tomou o pĆ£o, deu graƧas..., o partiu e deu a seus discĆpulos, dizendo:
TODOS, TOMAI E COMEI: ISTO Ć MEU CORPO (- minha presenƧa nos que se doam no amor -) ENTREGUE, DOADO POR VĆS.
Ao fim da ceia, ele tomou o cĆ”lice em suas mĆ£os, deu graƧas e o ofereceu, dizendo: TOMAI E BEBEI: ESTE Ć O CĆLICE DE MEU SANGUE (- todos que usam o poder para servir -) DOAĆĆO NA NOVA E ETERNA ALIANĆA, DERRAMADO POR VĆS E POR TODOS NA REMISSĆO DOS PECADOS. FAZEI ISTO EM MEMĆRIA DE MIM.
Toda vez que comemos deste pão / e bebemos deste cÔlice, / anunciamos vossa morte / e celebramos, convosco, todos que se doam.
Ao celebrar a memória da morte e da ressurreição de vosso Filho, ó Pai, vos oferecemos o pĆ£o da vida e o cĆ”lice da bĆŖnção; e vos agradecemos porque nos fazeis dignos de estar na vossa presenƧa e de vos servir em nosso conviver. Acolhei nossa oferta! Ao participarmos da doação do Corpo e Sangue de Jesus, sejamos reunidos pelo EspĆrito Santo na unidade da fĆ©. Sejamos um só corpo, um só espĆrito. AbenƧoai vosso povo, a Igreja, presente no mundo inteiro: cresƧamos todos no amor, com o papa Francisco, os bispos, o clero e todos que servem a irmĆ£os. As Comunidades testemunhem fraternidade. ( INTENĆĆES...)
Reconhecemos acolhidos, em vosso amor, irmãs e irmãos que morreram na esperança da ressurreição. Vosso amor de compaixão nos envolva para que participemos da vida eterna com Maria e José, com apóstolos e santos e com todos que vos servem e serviram, a fim de vos louvar e glorificar por Cristo Jesus, filho vosso.
A nós todos concedei o convĆvio dos santificados.
POR CRISTO, COM CRISTO E EM CRISTO,/ A VĆS, DEUS-AMOR,/ NA UNIDADE DO ESPĆRITO SANTO,/ TODA A HONRA E TODA A GLĆRIA,/ AGORA E PARA SEMPRE. AMĆM.
( - Introdução ao P A I N O S S O...)
Deus-Bondade, desfrutemos hoje de vossa paz. Envolvidos por compaixĆ£o, sejamos livres do pecado e protegidos de perigos, enquanto, vivendo a esperanƧa, participamos da luz do Cristo libertador. Vosso Ć© o reino, o poder e a glória para sempre! Senhor Jesus Cristo, dissestes a vossos apóstolos: eu vos deixo a paz, eu vos dou minha paz. NĆ£o levais em conta nossos pecados, mas a fĆ© de vossa Igreja com paz e unidade. Vós que sois Deus, com o Pai e o EspĆrito Santo. AmĆ©m. A paz de nosso Deus esteja sempre convosco. Pela eucaristia, unidos no amor de Cristo, com ele pedimos: Todos sejamos UM!
(7) RITO DA COMUNHĆO ā ORAĆĆO FINAL
Deus-Amor, fortalecidos pela Boa NotĆcia, andemos em vossa luz, promovendo encontros fraternos. CoraƧƵes aquecidos / por vossa presenƧa amiga. Oremos... Seja de retidĆ£o nosso comportamento e de libertação nosso jeito de crer. AbenƧoe-nos o Deus-Bondade - em nome do Pai... AmĆ©m! Nossa presenƧa faƧa a diferenƧa. MĆ£os Ć obra! AtĆ© em breve.
EVANGELIZAĆĆO
UM PROJETO DIFERENTE
Jesus inicia sua atividade na āGalilĆ©iaā; sua ação desperta muitos para o ānovoā que humaniza, congrega e liberta. RazĆ£o porque todos sĆ£o convidados a mudar de comportamento, inserindo-se na convivĆŖncia atravĆ©s de generosa cidadania. Os discĆpulos sĆ£o declarados āpescadores de pessoasā. Encerrou-se a missĆ£o de JoĆ£o Batista que apresentou Jesus como ācordeiro de Deus que tira o pecado do mundoā.
Hoje, nos Ć© mostrado o sentido profundo dessas palavras. Mateus, ao dizer que Jesus se estabeleceu em āCafarnaumā, proclama a āBoa Novaā. JĆ” nĆ£o Ć© JerusalĆ©m o ācentroā da religiĆ£o, pois nĆ£o serve de inspiração para a autĆŖntica religiosidade. Na āGalilĆ©iaā, hĆ” poucos judeus, praticantes da fĆ© abrĆ¢mica; nĆ£o hĆ” doutores da lei, sendo o povo gente muito simples, atĆ© de terceira categoria. O decisivo nĆ£o Ć© o āpoderā, mas o āserviƧoā.
Jesus ultrapassa as fronteiras que outros traƧaram. Seus colaboradores vĆ£o ser pessoas do āpovoā; eles nĆ£o observarĆ£o as leis em sua antiga rigidez. Batizado no EspĆrito, Jesus mostra que só o āsopro divinoā dĆ” vida, a letra mata. Com essa nova pedagogia, ele farĆ” os discĆpulos pescar pessoas, de preferĆŖncia marginalizados e excluĆdos. O importante Ć© que se reconheƧam filhas e filhos de um Deus-Amor, sem discriminação.
Havia dĆ©cadas que Jesus escutava o povo e dialogava com a vida, imerso em problemas e partilhando desafios. Agora, o EspĆrito o conduz em diĆ”logo com os (des-)crentes da GalilĆ©ia, espaƧo predileto do encontro com o Pai, onde o povo, que estava em trevas, viu uma 'poderosa luz'. Ć no meio dos desprezados pelos adeptos da 'fĆ© autĆŖnticaā - por ignorarem a lei de MoisĆ©s - que Jesus fixa morada e inaugura a novidade do Reino.
SĆ£o simples pescadores, pessoas inseridas na realidade, que decidem conviver. NĆ£o vĆ£o ser mestres, mas āpescadoresā de gente, luz no meio do povo comum. O Evangelho nĆ£o Ć© uma notĆcia que informa, mas uma mensagem que pretende modificar nosso modo de ser, de ver e agir. āConvertei-vos, o Reino de Deus estĆ” no meio de vocĆŖsā. De ora em diante, a salvação seja acolhida e vivida na realidade cotidiana.
Frei ClƔudio van Balen